É comum nos esquecermos de Deus, mesmo quando estamos na igreja. A humanidade falha se esquece do seu Criador, se volta para as coisas do mundo, e não olha para a essência da sua vida, do seu ritmo, do seu caminho.
O homem se envolve com todos os problemas, desde os coletivos até os pessoais, e muitas vezes, mesmo levando uma vida aproximada com o mundo espiritual, se esquece do seu Deus, até porque este é o principal objetivo do diabo, que vive de armar suas redes pelo caminho, a fim de que o homem se desvie, se afaste e se esqueça do que realmente interessa: Deus!
Mas a Bíblia, que é a Palavra da boca do próprio Deus, nos diz que nossas mãos estão seladas com um único sentido: que conheçamos a sua obra; a obra de Deus. Então, um dia, mesmo que nunca tenhamos parado para pensar em Deus, nas suas coisas e, sobretudo, na sua obra, mesmo que seja na hora da morte Deus nos mostrará o seu poder, porque esta é a sua vontade selada em nós: que conheçamos a sua obra.
A Bíblia também diz que “Deus é grande, e nós não o compreendemos...” (Jó 36:26), logo, penso que não devemos questionar essas coisas de Deus. Apenas creio que é melhor parar, observar e contemplar a obra de Deus na minha vida. É melhor assim, porque lutar contra isso ou fazer de conta que isto não é um fato, é sofrer ainda mais; é continuar perdido olhando para o infinito como se contemplasse a cor do vento.
Às vezes é importante parar, no quarto, sozinho, olhar para trás a fim de procurar, em nossa vida, onde a obra de Deus foi feita. Sim! Porque ela é feita diariamente para que permaneçamos vivos. Todos os dias Deus nos livra da morte e das garras envenenadas daquele que quer nos matar, roubar e destruir.
Muitos pastores perdem seu tempo e comprometem sua denominação evangélica, e consequentemente o seu rebanho, dando especial atenção à coisas que não tem explicação. Um exemplo claro é o casamento. Diz o ditado que “o que Deus une, homem nenhum separa”. Logo, é obvio que, se um casal se separa, é porque aquela união foi feita apenas na carne, e não no mundo espiritual; não no coração de Deus; não dentro da sua vontade.
E isto ocorre porque somos livres para escolher. Podemos escolher fazer a nossa vontade, ou a vontade de Deus. Portanto, uma separação pode ser obra de Deus na vida de uma [ou mais] pessoa. Todos hão de conhecer a obra de Deus, e quem são esses homens ditos líderes religiosos para questionarem acontecimentos que fogem à compreensão humana?
Uma acidente, uma morte, uma catástrofe, enfim, qualquer coisa que aconteça, natural ou provocada pelo homem, pode ser o mover da obra de Deus em nossas vidas.
Não estou dizendo para que os casais que estejam enfrentando algum tipo de problema neste momento, ao lerem este texto, se separem. Estou apenas justificando alguns acontecimentos que, muitas vezes fogem à compreensão.
Meus pais se separaram quando eu tinha 18 anos. Aparentemente não havia motivos. Ninguém entendeu porque aquilo estava acontecendo. Hoje entendo que, para mim, por exemplo, este fato foi um marco em minha vida. Longe estou de afirmar que a separação aconteceu em torno da minha existência, mas para todos os que conheciam os meus pais, a separação não teve explicação. Ao bem da verdade, acredito que, até hoje, nem mesmo meus pais saibam, verdadeiramente, porque se separaram.
E quem são os homens para levantarem questionamentos a respeito dessa separação. Eu também não sei qual a obra por detrás disto tudo. Não quer dizer que se meus pais tivessem permanecidos no casamento, e eu dentro de casa com meus irmão, teria me tornado uma pessoa melhor. Acredito que tudo o que aconteceu depois desta separação, teve que acontecer por fazer parte de um grande plano; de uma grande obra divina em nossas vidas.
Quando fui morar com minha ex-esposa, Rafaela, ela tinha uma filha de dois anos de idade. Izabela foi minha alegria por cinco anos, até que faleceu repentinamente, de um dia para o outro, sem explicação aparente. Não sei, até hoje, por que isto ocorreu em nossas vidas, mas foi o de mais marcante que vivi em meus 36 anos de idade até o momento. É a obra de Deus sendo manifesta além de nossa vã compreensão.
Menos de um ano depois da morte de Izabela, eu estava me separando de Rafaela. Por que? Isto eu pergunto, já que ninguém jamais poderá me dar um resposta certeira; ninguém jamais poderá questionar os motivos que nos moveram para este impasse em nossa existência.
Hoje estou aqui escrevendo tudo isto. Quero crer em uma obra sobrenatural na minha vida, que me ajude a salvar minha própria alma, e que consequentemente sirva de alento para ajudar a salvar a alma de quem também estiver precisando, assim como estou. Amém!